Plano de aula – A gestão pedagógica da sala de aula
Na última página dos Cadernos do
Professor, podemos encontrar uma grade curricular com os conteúdos sugeridos para serem trabalhados ao longo dos anos do
Ensino Fundamental. Na elaboração dessa grade foram considerados elementos
importantes para a construção de um projeto curricular, como:
·
Mapear os temas de conteúdos relevantes.
·
Considerar as ideias fundamentais que constituem a razão do
desenvolvimento dos conteúdos.
·
Valorizar o conhecimento como meio para o desenvolvimento das
competências pessoais.
Essas noções, que orientam o Currículo Oficial de Matemática, também devem ser consideradas pelo professor na gestão pedagógica da sala de aula, particularmente na elaboração de planos de aulas.
Plano de aula como ferramenta
de gestão
Um plano
de aula interpretado como gestão exige a elaboração
de uma agenda que administre, por um lado, a dimensão do tempo de trabalho em
consideração com a realidade a que a escola está submetida e, por outro lado,
os feedbacks recolhidos
na forma de atividades ou avaliações aplicadas aos alunos.
No Currículo, a construção de um plano
de aula é
considerada indispensável à gestão da sala de aula, e sua elaboração é
entendida como o mapeamento dos conteúdos levando-se em consideração a devida
escala de profundidade com que serão trabalhados e visando ao desenvolvimento
de habilidades e grupos de competências selecionados para determinados fins. O
mapeamento se torna, assim, um componente que permite traçar
o percurso a ser
percorrido na transformação da informação em conhecimento.
Para
interpretar melhor essas considerações propomos que você participe da próxima
atividade.
Agora que você já assistiu ao vídeo do professor Nilson
José Machado, responda à questão discursiva
A construção de narrativas
A
linguagem matemática compõe, com a língua materna, o par fundamental de
sistemas simbólicos que permitem a representação da realidade para a expressão
de si e a compreensão do outro e para a escrita e leitura em sentido amplo.
Não é
sem motivo, portanto, que em todas as épocas, em todas as culturas, a
Matemática e a língua materna constituem dois componentes básicos dos
currículos escolares.
Tratar
das competências leitora e escritora em Matemática não significa confundir
esses aspectos da linguagem humana; afinal, uma língua que pretenda se
aproximar demasiadamente do modo de operar da Matemática resulta empobrecida, o
mesmo ocorrendo com um texto matemático que assuma uma ambivalência apropriada
apenas à expressão linguística.
A
multiplicidade de sentidos de cada elemento simbólico é própria da língua
corrente e é intencionalmente controlada na expressão matemática. O necessário
rigor e a expressão precisa são naturais na Matemática, mas podem empobrecer o
uso corrente da língua. Não que a língua não possa ser precisa: ela o é
exemplarmente, como bem o revela o texto poético, em que uma palavra não pode
ser substituída nem por um perfeito sinônimo sem desmontar o poema.
Naturalmente, existem diferenças fundamentais entre os significados da precisão
na língua e na Matemática, e os alunos devem ser conduzidos, por exemplo, a
apreciar a beleza presente tanto na exatidão dos cálculos quanto no rigor
expressivo do texto poético.
Para ilustrar isso, veja de que forma o músico Tom Jobim explora
a poesia e a Matemática em uma “sala de aula” na música“Aula
de Matemática”. Observe a “precisão” das palavras no poema por mais que, no
que se refere ao matemático, possamos fazer algumas ressalvas.
A construção de narrativas
O Currículo de Matemática propõe no Caderno do Professor e do
Aluno algumas atividades que exploram o uso de narrativas como recurso
importante para a aprendizagem da Matemática. Isto porque se entende que as
narrativas permitem aproximar o percurso da aula à arquitetura de “pequenas
histórias”. As aulas, assim, ganham unidades de significação que podem se
transformar em centros de interesse que transcendem o imediatamente percebido.
Desse modo, o percurso traçado ganha a imagem de um filme cujo
propósito é comprometer, de forma ativa, o aluno-espectador na construção de
seu conhecimento, no sentido do desenvolvimento das competências relativas ao
domínio da leitura, análise e produção de textos.
Exemplo disso você pode encontrar nas seguintes atividades
destacadas dos referidos cadernos citados abaixo. Como você perceberá, após o
texto são propostas questões de interpretação a serem feitas pelo aluno. Aqui não
se propõe que
você responda a essas atividades e poste suas respostas, simplesmente que você
interprete como o Currículo explora a atividade de leitura e escrita em uma
aula de Matemática.
Fórum | Módulo 3
|
Chegou a hora de participar do fórum. Para isso, leia o texto “A
montagem do filme: Pensando no planejamento da aula”, da professora Márcia de
Oliveira Cruz. Enquanto lê o texto, faça anotações e reflita sobre o seu
trabalho como educador.
Em seguida, interaja com a turma, conte sua experiência a
respeito do uso de narrativas e atividades de leitura e escrita em sala de
aula. Tome como exemplos as atividades apresentadas anteriormente e os
elementos que você destacou na leitura do texto.
A sua participação neste fórum será considerada para a sua
avaliação no Módulo 3. Além dos elementos da sua postagem, também será
considerada a participação construtiva no fórum. Para isso, leia e comente as
postagens de seus colegas, colaborando para enriquecer o debate.
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